domingo

Em Comodoro Rivadavia

6 de Janeiro de 2008

As 7:30 da manhã peguei a moto e fui para o camping Mapei Quimei. Este foi um dia para descansar.
O almoço servido no camping foi muito caro para a qualidade da comida. Conversei com uma família de argentinos residentes em Comodoro Rivadávia. Ele trabalha para uma firma que presta serviços a uma empresa que explora petróleo, ele é um instrumentista. Ela aprendeu um pouco de português porque fez faculdade de Ciências Sociais e tinha que optar por uma língua estrangeira. O nome dela é Edi. São casados há 5 anos, ele tem 3 filhos dele e ela agora está grávida de 1 mês do primeiro filho.

7 de janeiro de 2008

Peguei carona com quatro mulheres que moram em Pedra Buena, no sul da Argentina e me deixaram no centro de Comodoro Rivadávia. Esta cidade é considerada a Capital do Petróleo na Argentina. A cidade cresceu muito nos últimos anos em função disso.


O Petróleo em Comodoro Rivadavia

A busca de água e o descobrimento do petróleo


Quando da fundação de Comodoro em 1901, os povoadores que já se encontravam no lugar desde alguns meses antes, encontraram sérios problemas com a provisão de água potável, já que esta devia ser transportada em carros desde mananciais Behr, vários quilômetros ao norte.
Como conseqüência das gestões dos povoadores á 3 de outubro de 1903 desembarcou na praia de Comodoro Rivadavia uma máquina perfuradora enviada pela Direção de Minas, Geologia e Hidrologia da Nação. Uma semana mais tarde se instalou a máquina na atual zona central da cidade, estando os trabalhos a cargo de uma equipe dirigida pelo engenheiro Casulio, a quem secundava como chefe de sondagem o senhor Klarck. Esta máquina alcançou os 172 metros de profundidade sem encontrar água. Desiludidos acabaram abandonando os trabalhos ante a impossibilidade de que o equipamento alcançasse maior profundidade.
Três anos depois, em dezembro de 1906, desembarcava uma nova máquina perfuradora para continuar com os trabalhos destinados a encontrar água. Se tratava de uma equipamento de Fauck, adquirido na Alemanha pela iniciativa do engenheiro Julio Krause, chefe da sessão Geologia e Hidrologia da Direção de Minas, a cargo então do engenheiro Enrique Hermitte.
Logo no estudo prévio se decidiu colocar a máquina ao norte do Cerro Chenque, há uns três quilometros do povoado, já que de acordo com as conclusões dos técnicos era um lugar mais adequado. Portanto, à 24 de março de 1907 a nova máquina perfuradora começou suas tarefas. A equipe encarregada, dependente da seleção Geologia e Hidrologia, estava integrada por José Fuchs (chefe de sondagem), Humberto Beghin (ajudante) Gustavo Kunzel e Juan Martinez (foguistas), Florentino Sot, Antonio Viegas, Joaquin Dominguez, José Barrabosa e Pedro Gelhon (peões), Pedro Peresa e Francisco Ferrara (cozinheiros).
O grupo trabalhou durante vários meses sob os olhos de toda a população postos sobre o resultado de tanto esforço. Já se haviam ultrapassado os 500 metros de profundidade sem encontrar-se rastros de água quando a população foi surpreendida à 12 de dezembro de 1907, ao aparecer na escavação borbulhas azeitosas com odor a querosene.
Nas primeiras horas de 13 de dezembro a equipe continuava trabalhando afanosamente. Ao alcançar os 540 metros de profundidade começou a surgir juntamente com a água de injeção, uma matéria viscosa. Acabava de descobrir-se a existência de petróleo em Comodoro Rivadavia.
Visitei o museu da Ferroviária, tudo muito bem apresentado, explicado, belas fotos, boas informações a respeito do início da construção do porto e da ferrovia.

















Depois, tentei pegar dinheiro em vários bancos, o cartão não funcionou.
Voltei a pé até o Posto de Gasolina da YPF. Aí peguei carona com um funcionário da Aeronáutica que me deixou a 1000 m. do camping.
À tarde aproveitei pra dar uma arrumada nas minhas coisas e mudei a barraca para outro lugar, pois onde estava o vento era muito forte.
Conheci um casal de austríacos.


Monika e Fritz


Conversamos em português, espanhol e inglês. Muito simpáticos, me deram dicas sobre as estradas no sul da Argentina. Eles compraram uma propriedade no litoral do Equador, Santa Margarita, 20 Km ao sul de Manta, na costa do Pacífico. Eles não tem família e me convidaram para ir visitá-los. O nome dela é Mônika e o dele Frederico (Fritz). A cidade de Manta fica a 10 horas de carro de Quito ou meia hora de avião. Falei para eles que em Santa Catarina existe uma cidade fundada por austríacos, Treze Tílias. Ele fez questão de marcar no seu mapa.

8 de janeiro de 2008

Pela manhã me despedi da MôniKa e do Fritz, que estavam de partida.
Hoje me deu vontade de voltar para casa mais do que em outros dias. O camping aqui é muito pobre, tem muito vento, esta ficando chato, o pessoal de Uruguaiana não aparece.
Finalmente à tardinha apareceram, 18:00 hs. Muito confusos, agitados, indecisos, uns querendo uma coisa, outros não. Esperava bem mais da chegada deles. Comecei a me decepcionar. Decidi pegar uma carona de moto com o Renato até Comodoro ver se conseguia pegar dinheiro no Banco. Mais uma vez não consegui, meu cartão está bloqueado para saques, só pagamento.
Voltamos, fizeram um churrasco. Resolvi contar minhas peripécias, teve um que morreu de rir, para o meu gosto até demais.