domingo

A Caminho do Aconcágua

28 de Dezembro de 2007

Raul, Gabriela e eu pegamos a estrada e fomos para o Aconcágua. Paisagens na estrada, maravilhosas.







30 Km para lá de Upallata, o carro pifou. Veio o mecânico, fez uma emenda no cano que se rompeu e voltamos a Mendoza para comprar uma mangueira nova. Gabriela ameaça voltar para La Plata. Segundo ela quando começa a não dar certo é um sinal de que deve voltar. Eu acho que não, mas....
Voltamos a Potrerillos. Na volta falei para eles, estas horas estão festejando os 50 anos de casados dos meus sogros. Pena que não possa estar lá.
Quando cheguei a Potrerillos telefonei para a Regina e ela me falou que a festa estava ótima.

29 de Dezembro de 2007

De manhã cedo fui ao banheiro, a porta trancada, tentei abrir, a porta não abria. De repente a porta se abriu, apareceu o encarregado do camping e fez cara de poucos amigos, dizendo que eu devia aguardar. E ficou lá dentro cantando de um jeito meio gozado, acho que tinha um parafuso meio frouxo.
Raul e Gabriela resolveram ir de novo ver o Aconcágua. Quando chegamos a Upallata, novamente o radiador do carro começou a esquentar.

Em Uspallata - Argentina




Minha amiga Maria Gabriela de La Plata – Argentina



Pensávamos que a foto na camionete retratava o Aconcagua. Como não conseguíamos avistá-lo, tiramos estas fotos. Depois nos demos conta que a paisagem não era referente ao Aconcagua, e sim de outra montanha que se avista de Uspallata, conforme foto a seguir, tirada a poucos metros das anteriores.


Pela manhã conseguimos consertar, apesar de muita dificuldade, o vazamento. Indicaram-nos um local, perto dali, onde poderíamos avistar o Aconcágua.
Finalmente o avistamos, tiramos fotos, festejamos.






O monte Aconcágua - Sentinela de Pedra - tem 6.962 metros de altitude, e é simultaneamente o ponto mais alto das Américas, de todo o Hemisfério Sul e o mais alto fora da Ásia. Fica localizado nos Andes Argentinos, a cerca de 112 km da cidade de Mendoza. Está localizado no Parque Provincial Aconcágua, cuja entrada fica próxima ao povoado de Puente del Inca.
Possui três vias de acesso: a normal, o Glaciar dos Polacos e a Parede Sul. A mais frequentada é a rota normal ou noroeste, que apresenta menos obstáculos técnicos - mesmo assim, não é recomendada para aventureiros não climatizados ou não experientes. As outras duas requerem escalada em gelo e rocha. A sua silhueta árida, os cumes gelados, o deserto de um lado e o oceano do outro mostram a magnitude e a magia da natureza.
Apesar de sua altitude, o Aconcágua não é uma montanha difícil de ser escalada do ponto de vista técnico, pois para atingir o seu cume pela rota normal não é necessário que o montanhista realize escaladas técnicas.
O desafio que a montanha apresenta é um teste de resistência física pois o montanhista tem que superar o frio e a falta de oxigênio comum às grandes altitudes.










Na volta passamos pelo local em que o herói nacional argentino San Martin, fundiu os canhões para a luta que enfrentaria contra os espanhóis.

José de San Martin – Herói argentino, que lutou pela expulsão dos espanhóis da América, ajudando a conquistar a independência da Argentina, do Chile e do Peru.
“ Em vinte e quatro dias fizemos a campanha, passamos as cordilheiras mais elevadas do globo, terminamos com os tiranos e demos liberdade ao Chile” Palavras do General San Martin. Santiago do Chile, 22 de fevereiro de 1817

Ao longo de seus 72 anos José de San Martin sofreu de : asma, hemorragia digestiva, feridas e traumatismos vários, gota, hemorróidas e fístula anal, paludismo, difteria, cólera, tifus (erisipela, convulsiones, iritis, cataratas, parasitoses (pulgas, piolhos, etc.).


Segundo o Gal. Mitre:
“Os heróis necessitam ter saúde robusta para superar as fadigas e dar aos seus soldados o exemplo da força em meio ao perigo, mas há heróis que com quatro membros menos, sujeitos a enfermidades continuas ou com um físico indelével, superam as suas misérias pela energia de seu espírito. A esta raça de inválidos heróicos, pertencia San Martin”


Quando estamos voltando para Upallata, novamente o radiador do carro começa a esquentar.
A essa altura estamos todos também já meio quentes, a Gabriela nem se fala.
Só conseguimos sair de Upallata a 1 da manhã, depois que o mecânico abriu o motor e trocou a junta. Na volta fui dando dicas ao Raul de como dirigir, haja visto que ele manifesta ter tanta experiência para dirigir carro quanto eu para moto.
Quando chegamos ao Camping de Potrerillos tinha uma festa que durou até 6:00 da manhã. Foi difícil dormir, apesar do cansaço.