domingo

A Chegada


18 de janeiro de 2008

Finalmente o grande dia. Sai 6:30 hs, pequeno movimento, mas sol na cara direto.
Às 11:00 cheguei a Lagoa Vermelha. Fiz um lanche rápido e fui pra Vacaria.
Em Vacaria estava armado para chuva. Será que não dá para ser fácil, nem no último dia! Quero voltar para casa! Vou voltar nem que tenha que ir na chuva. Paro num Posto, pergunto pela previsão do tempo. Ninguém é meteorologista, nem palpite. Olho pro céu. Cálculo que com um pouco de sorte saindo de Vacaria em direção a Lages pode o tempo estar melhor. Deu certo. Peguei chuva na saída de Vacaria, mas logo melhorou e assim segui até Lages. Estou chegando a Lages, começa a chuva. Paro no primeiro posto a tempo de não me molhar. Também não encontro nenhum meteorologista. Dá uma estiada, pego a estrada. Cruzo Lages sem chuva.
Quando chego a Policia Rodoviária, a caminho de São Joaquim, paro para ver se reencontro O Sr. Rubens, aquele que fora muito atencioso na ida. Descubro que ele está de férias. Converso um pouco com os policiais, eles telefonam para Guatá e informam que pra lá não chove.
Vou embora. Ando um pouco sem chuva. Depois começa. Um caminhão passa por mim a mil. Lá adiante numa subida anda quase parado. Depois mais adiante cruza de novo por mim a mil, depois perde as forças. Que saco! Não estou mesmo preparado para andar na chuva. Passa por mim umas motocicletas pequenas fazendo as curvas com a maior tranqüilidade e eu me borrando de medo. Mas sigo. Passo por São Joaquim, continua chovendo.
Quando chego perto de Bom Jardim da Serra me aproximo do mesmo caminhão. Resolvo parar, a chuva parou, dou uma descansada. Não posso demorar. Não está chovendo, mas pode começar. O tempo esta feio. Começo a descida da serra. Encontro o caminhão. Cruzo por ele. Agora tu não me pega mais. Daí para diante a descida foi tranqüila, sem chuva.
Quando cheguei a Lauro Muller deviam ser 19:00 hs. Disse que chegaria em casa entre 7 e 8 da noite. O movimento aumenta de Lauro Muller à Orleâns. Tenho a companhia dos apressados de sempre.
Entre Orleans e Urussanga começa chover um pouco, diminuo a velocidade. Agora estou como aquele corredor de corrida levando o carro para ser campeão na última volta. Vai dar tudo certo, estou quase chegando em casa.
De Urussanga à Cocal, tudo bem.
De Cocal a Criciúma encontro outro apressado. Quer porque quer passar. Não vou deixar, espera.
Cheguei em Criciúma. Paro na sinaleira do Hospital São José. A sinaleira abre e lá vamos nós. Sinaleiras todas no verde, estamos chegando perto. Cruzo a Centenário, paro na frente do Ginásio Colombo Salles. A sinaleira abre, faço a rótula da Santos Dumont, dobro a direita, depois à esquerda, em seguida a direita. Paro a moto. Desço. Amarro uma bandeira do Brasil numa mão e da Argentina na outra. Subo na moto e vou para os últimos metros. Sigo, dobro à esquerda, desço, dobro a direita e estou na minha rua. Chego à frente de casa, meto o dedo na buzina tudo que dá. Cheguei! Fiz hoje 770 Km. Parece mentira! Cheguei!


Minha filha Fernanda e seu namorado Júlio, minha irmã, minha mulher Regina, eu e meus amigos Deco (aquele que levava minha moto para eu treinar) e Céia.

A Regina vem primeiro. Depois a Fernanda, meu cunhado Edson, meus amigos Deco e Déia, minha irmã Elisa Maria.
Mais tarde chegam meus cunhados Dimas e Paulo César. Minhas cunhadas Ide e Ivete. Meus sobrinhos Débora, Ana Luiza e o Gabriel.
Comemos churrasco, bebemos cerveja, contei algumas passagens. Enfim, em casa.